Realiza-se a 13 de maio, o Cortejo Histórico e Etnográfico para comemorar a fundação de Vila Real de Santo António e proporcionar à comunidade vivências alusivas ao passado, com alguma “liberdade histórica”.
Neste dia, a cidade regressa aos séculos XVIII, XIX e XX, sendo a figura principal o Marquês de Pombal. O Obreiro da fundação visita a vila em coche, réplica do século XVIII e ladeado pela sua guarda de honra e seguido por uma comitiva de damas e nobres. O quadro completa-se com o desfile das gentes do povo com os seus instrumentos de trabalho e os seus produtos. Elementos da Igreja da época em questão marcam presença.
O século XIX realça a sociedade burguesa, com os diversos trajes de damas e cavalheiros, retratando as várias situações económicas. Alguns intelectuais que marcaram este século como Almeida Garrett, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e Alexandre Herculano fazem parte do elenco.
O século XX tem a mais vasta representação e mostra a realidade rural, urbana e os diferentes grupos socioeconómicos, com destaque para as conserveiras, os pescadores, as criadas de casa e as figuras típicas da vila. A Escola Primária dos anos 60 é ilustrada com as suas carteiras típicas e as crianças usando bibes brancos. Os retratos de Salazar e Carmona encontrava-se por cima do quadro e a professora, sempre com a sua temível régua, é um dos momentos do século XX aqui retratados. O Cortejo Histórico percorre várias ruas da cidade e termina na Praça Marquês de Pombal onde tem lugar uma feira medieval com produtos artesanais.